domingo, 18 de setembro de 2016

Caetano e Gil - São Paulo #photoday




quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Horizonte infinito

  A linha é apenas o fim do alcance do olhar daquele que tem os pés no chão ...                      

... porque para quem sabe voar o horizonte é o infinito! 

*



terça-feira, 6 de setembro de 2016

O voo do poeta ...

Manoel de Barros
não foi um poeta...
foi um passarinho.
Seus poemas, passaredos...
Sombras, alamedas em tristeza...
tristes as folhas.
o chão,                                                                             

da terra, o emanar do perfume
das palavras que ficam.
Foi o homem das palavras cantadoras.
Mas sua terna voz trinará para sempre,
em seu eterno ninho
haverá de cantar.
* minha homenagem ao poeta passarinho

sandra barbosa de oliveira
foto de beto bocchino

Cordilheira

Bocejar
Dia claro, vida a verdejar
Luz por entre os cachos amarelos do ipê
Deu pra ver
Você me tocou sem perceber
Você nem me olha
E eu não posso te esquecer

Creio em ti
Se for ilusão, que Deus me guie
O que não fazer pra se merecer tal mulher
Cerração
Noite na janela meu querer
Porque te venero, sempre espero por você

Por sobre a cordilheira, o arco-íris
Meu corpo treme ao pensar no seu, frenesi
Te quero,
Mesmo pra te dar sem ter retorno
Te quero assaz
Te quero assim
Te quero pra mim
                                        
                                                         

Escada pro pecado, caso de amor
Teus lábios tão sonhados
Vão me ter sempre aqui
À espera de um olhar que faz
Dia romper
O céu cair
Noite fechar
E faz o meu ar desaparecer.

O luar que eu vi no lago azul
Daria pra você
O luar que eu vi no lago azul
Num instante se escondeu

Djavan

Desalento

Estar-te longe
longamente
noite estejas
Na tua voz eu ouço
a rouca Insensatez
e reconheço
Ao por do sol
Arpoador
em dor
só pensamento
Ao te perder
da vista
um mar em desencanto
Num canto escuro
eu conto um pouco
e um tanto assim
um desencontro
As águas a subir
e o sol se esconde
é noite em ti
em mim só um lamento
E eu aqui
poder sonhar
enquanto cantas
Um desalento.
(Desalento - Sandra Barbosa de Oliveira)


De <https://wordpress.com/post/elementolingua.wordpress.com/8079

#photoday Sandra Barbosa de Oliveira

Rompendo tabus... com Isabel Dias

Quando o assunto é erotismo, muita gente aplaude a literatura apresentada em livros como "Cinquenta tons de cinza", transformando esse instrumento de opressão em best-seller internacional. Hollywood também aposta nessa opressão porque sabe que é o idealismo machista que patrocina a exploração de conteúdos onde a mulher é alvo de violência e desrespeito, trazendo milhões de dólares aos cofres da indústria de produções. Mas quando do tema se faz a abordagem da libertação feminina, onde é a mulher quem resolve mostrar a igualdade de poderes; que o virtuosismo em nada está implícito na castidade; e que, depois de uma longa trajetória de sofrimento, em que sempre impera a traição, a deslealdade, todo tipo de violência psicológica e humilhação por parte de seus próprios companheiros de jornada; o que temos (claro que não em termos gerais), é julgamento, preconceito e discriminação por parte de um tribunal trans-vestido em hipocrisia, dos setores desta sociedade que se diz moderna (no sentido coloquial da palavra) e libertária, mas que no fundo está imersa num conservadorismo provinciano, há dezenas de gerações. Será que a mulher está despreparada para a felicidade? Digo tudo isso para introduzir opinião ao livro que acabo de ler. A autora, minha amiga, se desnuda diante do leitor sem pudores, ao descrever os casos que teve, durante um período de dois anos e meio... com cada um dos 32 homens que conheceu através de um site de relacionamentos, depois de um trágico e complicado processo de divórcio, impulsionada pela raiva e pelo desejo de dar o troco à traição do marido, ao descobrir que ele tinha quatro amantes. "32 - um homem para cada ano que passei com você" é um livro que lava a alma de todas nós mulheres, que experimentamos a dor de sermos traídas, humilhadas e psicologicamente violentadas por esses homens com quem nos dispusemos a compartilhar a vida, onde acreditávamos viver nossa grande história de amor, com quem nos sentíamos seguras e acalentadas. Com quem tivemos nossos filhos, a quem tivemos dedicados nossos melhores anos, nossa lealdade, nossa beleza vigorosa e nossa juventude. Isabel Regina Dias é uma mulher de coragem, que não demonstrou ter pudor algum ao denunciar publicamente sua decepção em relação ao homem com quem imaginava envelhecer; a depressão que quase a matou e as descobertas que fez acerca de si mesma; ao se propor, com a aceitação e apoio dos filhos, a essa busca implacável pela mulher que nem sequer sabia haver dentro de si. Parabéns, Regina, minha amiga... estou aqui pra dizer que você me representa! ... * * * * * * * * * * * * * * * * Com prefácio de Xico Sá ... 215 páginas de muita diversão e reflexão.