domingo, 9 de março de 2008

O silêncio é composto de muitos silêncios

Nos silêncios do silêncio muito se poderá ouvir. Silêncios de cumplicidade e entendimento. Silêncios de ternura. Silêncios de compaixão. Silêncios de amor. Silêncios de compreensão. Silêncios de prazer. Silêncios de alegria. Silêncios de confiança. Silêncios de interesse. Silêncios de saber. Silêncios de emoção…

Mas o silêncio tem outross silêncios. Silêncios que constroiem muros cujo silêncio é lúgubre e sepulcral. Silêncios de descriminação. Silêncios de adeus. Silêncios de morte. Silêncios de crueldade. Silêncios de desconfiança. Silêncios de desamor. Silêncios de sofrimento. Silêncios de desumanidade. Silêncios de solidão. Silêncios de angústia. Silêncios de vazio e distanciamento…

O Silêncio é paradoxal. Na sua infinita ambiguidade residem silêncios mais ou menos cómodos e oportunistas. Silêncios de mentira e omissão. Silêncios repletos de covardia. Silêncios de manipulação.

Em cada silêncio das nossas vidas deveremos perguntar: O que queremos que reste depois de cada silêncio? De que silêncios queremos preencher o nosso silêncio?

Silêncios que são pontes ou silêncios que são muros…

AMMedeiros

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